domingo, 3 de abril de 2011

os trapézios de Bauru

O ano era 2003, muitos acreditavam que era um ano emblemático para haver contato extraterrestre. Não houve relato que denunciava um contato um de fato, porém, no dia 17 de outubro três garotos afirmaram ter avistado objetos voadores não identificados no céu. Em volto a muitas dúvidas e incertezas nada pode ser provado naquele momento e o caso foi abafado, no entanto muitas coisas ficaram mal explicadas naquele dia. Seguem os relatos dos três rapazes, colhidos pela ABIN na manhã posterior ao incidente que ficou conhecido como “Os Trapézios de Bauru”.

D.M.B.S, 18 anos
A gente tava andando de boa ontem, tavamos conversando, voltando da casa do D., a gente sempre fez esse caminho . Aí estávamos virando a rua e o T. falou pra gente parar e olhar lá no céu, lá no horizonte. Atrás das nuvens... Fiquei embasbacado, sempre quis ver OVNIs, acho que até já tinha visto alguns, mas não tão bem quanto ontem.

A.T.P, 18 anos
Foi estranho, ontem o dia tava com um ar diferente, sabe? Parecia que tinha algo pra acontecer mesmo. Sempre morri de medo dessas coisas, mas ontem depois de ter visto aqueles pontinhos no céu me senti mais em paz. Eles tavam bem distantes, não conseguimos distingui-los logo, observamos muito tempo eles se mexendo bem devagarzinho quase imperceptivelmente, quando de repente veio aquele risco de fumaça no céu, acho que nós três levamos um susto naquele momento.

T.A.B.S, 17 anos
 (chiado)..é, eu sei o que são, não adianta vocês falarem que não é não, eu sei sim! Eram dois UF(chiado) tá bom, tá bom, vou falar o que aconteceu exatamente, mas então vocês adm(chiado).

D.N.B.S, 18 anos
Eles passaram voando bem rápido, por um momento perdi de vista.

A.T.P, 18 anos
Segui com os olhos o rastro de fumaça meio que procurando algo. Engoli bem seco quando me deparei com aqueles dois enormes...

T.A.B.S, 17 anos
Trapézios. Eram dois enormes trapézios voando. Eles não pareciam com naves espaciais que a gente vê em filmes e coisas assim. Mas quem disse que precisa parecer?  A tecnologia é diferente, vocês sabem dis(chiado) por(chiado) eu (chiado) (chiado) falei.

D.M.B.S, 18 anos
Fiquei olhando meio sem saber o que fazer, meio abobalhado, eram gigantescos mesmo.

A.T.P, 18 anos
E de repente... eles voaram, sumiram, não dá pra acreditar ainda.  Eu senti por alguns momentos como se aqueles enormes trapézios tivessem olhando pra gente, encarando mesmo sabe?

T.A.B.S, 17 anos
Não tenho dúvida, sabe porque? Isso meu (chiado) e meu amigo não sabem, mas ontem a noite eu voltei lá, sozinho. Fiquei olhando pro céu de novo, procurando alguma coisa. Tava quase amanhecendo quando, do nada, tinha novamente um trapézio no céu. No escuro dava pra entende-lo melhor, feito basicamente de luz. Muito bonito. Perguntei o que era aquilo e veio uma luz direcionada na frente dos meus pés. Quando a luz apagou, no lugar tava essa correntinha de prata que brilhava no escuro. Perguntei se era radiação e eles me responderam pela mente que não. Guardei com cuidado e agradeci.

D.M.B.S, 18 anos
O T.? Não, não acho que ele dormiu a noite toda, pelo menos ele acordou bem depois da gente, no outro quarto.

A.T.P, 18 anos
Sei lá, acho que pode ser que sim ou pode ser que não.

T.A.B.S, 17 anos
Amanheceu. Eles foram embora e eu fiquei ali olhando e pensando o que tinha acabado de acontecer. Voltei pra casa do A. e deitei na cama do outro quarto. Tava sozinho. Mas sabia que nós não estávamos mais.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

a história de um sapo e uma abelha e os fatos decorrentes do seu infortúnio casamento

Os sentimentos eram muito claros. Desde aquele dia em que o sapo faminto recusou alimentar-se daquela linda abelha que voava próximo às taboas do córrego. Foi a paixão a primeira vista. Ele não estava entendendo muito bem, toda a fome havia sumido só de vê-la por um instante. O perfume do brejo parecia acentuar-se a medida que a pequena voadora batia suas asas sobres as flores, espalhando todo aquele maravilhoso cheiro de flores com mel.
Ele sabia que seu nome só podia ser Mel e também sabia que ela não o notara ainda. No entanto o destino muitas vezes nos da oportunidades que não podemos deixar escapar. Quando a pequena Mel voava delicadamente pelo brejo, espalhando o pólen e o glamour que aquele pequeno córrego jamais tinha visto, uma armadilha: a aranha. Sua teia a pegou de jeito. A chegada do fim parecia  irremediável. Foi  quando apareceu o herói. O sapo pulou do meio das folhas úmidas espirrando água por todo o lado e quase como um passe de ballet lançou sua língua certeira na pavorosa aranha. No meio do caminho pensou que resolvia duas coisas com uma só. A fome e a pequena Mel.
A abelha o notou. E logo caiu em amores. Eles olharam bem fundo e:

- Roobéti – disse o batráquio, todo cheio de si
- Bzzzz Bzzzz – zumbiu a pequena listrada, com a delicadeza dum violino desafinado

Infelizmente eles não podiam se comunicar. Mas isso não os impediu. Casaram-se. Isso foi a muito, muito tempo.  E então surgiram os Sapo-Abelhas, que espirram mel ao invés do usual veneno e se tornaram uma iguaria fina para as sobremesas, principalmente na região da Guatemala. E as Abelhas-Sapo que são altamente venenosas e extinguiram a população de aranhas na África.